O final de semana não poderia ter sido melhor para a comunidade da ginástica rítmica, no sábado (30) e no domingo (1), foi realizada a Copa Metropolitana de Ginástica, no Centro Esportivo Armando Cunha, em Cubatão. A competição foi a primeira com presença de público após a pandemia, no litoral de São Paulo. Participaram 16 equipes, de 10 cidades com 331 ginastas, a partir de 5 anos, sendo destes, três do gênero masculino. Com o objetivo de fomentar a modalidade, foram 274 no nível iniciante, além de 24 no intermediário e 33 no avançado.
Carol Nogueira, técnica da Prefeitura de Guaratinguetá, comemorou. “Para as crianças de categorias menores foi a primeira competição do ano, algumas nunca tinham competido no tapete, estavam somente de forma virtual. Aqui descobriram como é uma competição na realidade. Agora em termos técnicos essa foi a primeira competição com o novo código de pontuação da ginástica rítmica, sem dúvida que foi importe para técnicos, ginastas e arbitragem”.
Campeã na categoria adulto no aparelho fita, Luiza Garcia (Santos FC/Fupes/Cepe 2004/DP World) comemorou. “É gratificante voltar a ter contato com o público, diferente, outra sensação. Em relação a apresentação eu gosto muito da fita, então sou até suspeita para falar, de que qualquer forma encarei mais como uma celebração do que como uma disputa”.
O público contou com apresentações especiais nos aparelhos maças e fita da atleta Viviane Oda ( Prefeitura Municipal de Guaratinguetá), que vai representar o Brasil na Gynmasiade será de 14 a 22 de maio, na Normandia, França. O evento internacional é realizado a cada dois anos e reúne mais de 100 países em cada edição.
Participaram 16 equipes, sendo de Cubatão: Arabesque Studio, Fatu’s Ginástica Rítmica, Gade GR/Semes Cubatão e Na Onda da Ginástica/Usiminas. Santos: Academia Lorraine Macedônio de Artes, Santos FC/Fupes/Cepe 2004/DP World. CR Tumiarú (São Vicente), Instituto Seja Forte (Guarujá) e Academia Impacto/Equipe Flyer (Itanhaém). Stúdio Olimpo Gym (Cotia), Body Gear/Santa Sofia (Pedreira), Dance Estúdio Sorocaba, Pec Studio Sorocaba, PM de Amparo e PM de Guaratinguetá.
Presença masculina
A modalidade masculina ainda não tem reconhecimento da Federação Internacional de Ginástica (FIG) nem da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Nas Olímpiadas e em Campeonatos Mundiais, apenas as mulheres podem competir; os homens participam apenas de torneios amadores, lutando por espaço. A Copa Metropolitana de Ginástica contou com três ginastas do gênero masculino.
Albert Bert (Santos FC/Cepe 2004/Fupes/DP World), 20 anos, falou sobre a participação. “Vejo isso como um crescimento na ginástica rítmica masculina, acho muito importante inserir os meninos. Existe muita teoria, em outros campeonatos sempre falam sobre fazer isso, mas não dão essa oportunidade. Aqui a gente está vendo que para acontecer tem que ser colocado na prática. Fico feliz de servir de exemplo, mais espero que mais meninos possam ter essa oportunidade”.
Angélica Kvieczynski é o maior nome da modalidade, defendeu a seleção brasileira por 11 anos e competiu até 2018. Hoje técnica de ginastas no Brasil e no exterior, esteve presente na Copa Metropolitana de Ginástica. “O Albert é um excelente ginasta, acho ótimo esse espaço para que os meninos também possam estar inseridos na modalidade. Temos um excelente exemplo na Espanha onde é comum a presença dos homens e são reconhecidos pela Federação”.